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Milho: fim do "weather market"


Sexta-feira, 11 de agosto de 2023 - 16h00


Após dias de grande volatilidade, notícias por parte do clima, colheita e alertas de emergência zoosanitária, os mercados físico e futuro do milho têm ficado mais comportados nos últimos dias.


Note, na figura 1, que o indicador ESALQ tem se comportado de maneira lateral, já que a referência de preços segue praticamente nos mesmos patamares desde 31/5, consolidado em R$53,77/saca.


Figura 1.
Preço do indicador ESALQ do milho, em R$/saca, em Campinas-SP, em 2023.

Fonte: Broadcast / Elaborado por Radar Investimentos


Vários podem ser os motivos para este comportamento.


O mercado do milho brasileiro é gigantesco e a demanda também se divide entre exportação, consumo doméstico para indústria de alimentos, nutrição animal e outros. No entanto, um dos motivos pode ser o fato de o agricultor estar atento ao custo de produção e bem capitalizado com o caixa gerado nas duas safras anteriores, nas quais os preços atingiram níveis, até então, nunca vistos.


No Brasil, a colheita da safrinha já foi praticamente finalizada no maior estado produtor, Mato Grosso. De acordo com dados da Ag Rural, o consolidado dos trabalhos no campo, até quinta-feira (3/8) havia atingido 64% da área semeada no Centro-Sul brasileiro.


Estados Unidos

Nos EUA, a novidade vem do fim do chamado “weather market” (mercado de clima). Ou seja, a divulgação da previsão de chuvas, ou secas, nos próximos dias nos principais pontos do cinturão produtor norte-americano, tende a ter menos peso na precificação das expectativas de preços futuros do cereal.


O último dado divulgado pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) mostrou que cerca de 57% das lavouras norte-americanas estão classificadas entre “boas e excelentes”, algo bem próximo dos 58% verificado no mesmo período do ano anterior.


Na sexta-feira (11/8), o USDA pode trazer novas estimativas de produtividade e de produção de milho e soja dos EUA. Como o mercado de clima deve ter menos peso daqui adiante, os dados devem ser bem observados pelo mercado.


Argentina

No país, a colheita está relativamente mais adiantada. Segundo informações da Bolsa de Cereales de Buenos Aires, ao redor de 72,6% da área cultivada havia sido colhida até a semana anterior (4/8).


Outro ponto que foge dos trabalhos no campo, mas que reforça um fator de calmaria, é o alívio em relação aos casos de gripe aviária no país vizinho.


O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) encerrou os procedimentos no último caso de gripe aviária na Argentina e declarou o país como livre da doença. À medida em que as temperaturas voltem a subir, é possível que os casos nos demais países ao redor também se dissipem.



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